quarta-feira

10/6


Uma coisa que não sai da minha cabeça é o chapéu. Já o cabelo nunca fui de sustentar. Daí a necessidade de uma cartola bem firme para enganar os que restam. No escuro ninguém me escapa. Nem pelo ralo.

Digo e repito que a queda de cabelo que me deixou louco. E que meu chá é apenas de boldo. A formula é bem básica, para prender meus fios de cabelo recorri a formas práticas e manuais de se fazer um chapéu que não amasse ou deixe minhas orelhas com tamanhos anormais. Algo que de fato me ficasse na cabeça por anos e anos. Deixando de lado o terror psicológico da calvície. Nada que o Google não pudesse ajudar e me avisar dos perigos do uso de tais produtos químicos.

Meu desespero era tanto que sai por esse país atrás de todos os termômetros que pude encontrar. Embora os de rua nem a hora certa conseguiram me dar. Quando os gases do mercúrio usado para endurecer o tecido me atingiram as idéias. Sabia que devia ter ficado só no chá.


"Brilha, brilha morceguinho
Brilha bem devagarzinho
Desce, desce, vem pousar
Lá no bulé do meu chá"
                                (Leirão)


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